segunda-feira, 18 de junho de 2012

DÉBORA, UMA MULHER CORAJOSA


TODOS: A vida de Débora é um exemplo de que a coragem independe de sexo e de força física, mas é uma disposição firme de servir a Deus, a despeito de todas as circunstâncias.

1. Débora, além de ser um exemplo de coragem, é uma demonstração de que a cultura não se confunde com os desígnios divinos e que devemos sempre discernir o que é cultural do que é divino.

2. Débora viveu no período dos juízes, período da história de Israel cuja duração é incerta e fomenta muitas discussões entre os estudiosos da Bíblia, que transcorreu entre a morte de Josué, após a conquista da Terra, e a escolha de Saul como rei. Levando-se em conta que a Bíblia afirma que o templo começou a ser construído 480 anos depois da saída dos filhos de Israel do Egito, no quarto ano do reinado de Salomão(I Rs.6:1).

3. - Era este o estado de coisas na vida de Israel quando surge a figura de Débora no texto sagrado. “Débora”(em hebraico, “Devorá”) significa “abelha” designa uma pessoa que possui uma força de vontade excepcional. Ela luta com grande determinação para alcançar seus objetivos. “Embora muito cautelosa, quando confia em alguém se revela uma companheira doce e amigável”

4. - A Bíblia muito pouco fala sobre a vida de Débora. Surge ela, no texto sagrado, pela vez primeira, em Jz.4:4 e, fora esta passagem histórica do período de seu ministério, nada mais se fala sobre ela nas Escrituras. Sabemos, apenas, que ela era profetisa, mulher de Lapidote (em hebraico, “Lapidot”, cujo significado é “tochas”) e que julgava a Israel, entre Ramá e Betel, nos montes de Efraim, o que nos dá a entender que era da tribo de Efraim. Os estudiosos da Bíblia costumavam datar este período por volta de 1.120 a.C.

5. - A primeira qualidade de Débora que o texto sagrado destaca é o fato de ser “mulher profetisa”, circunstância que vem antes até do nome do seu marido, a demonstrar que, ante os olhos de Deus, mais valem as características espirituais do que as obtidas sobre a face da Terra. Débora era uma “mulher profetisa”, alguém que tinha se tornado porta-voz de Deus em meio a um povo pecador e idólatra. Que firmeza demonstrou Débora para servir a Deus em meio a uma geração perversa. Quanta luta Débora enfrentou quanto teve de renunciar para se manter separada do pecado e do mundo. Mas tudo isto levou a pena, porque Deus tinha uma comunhão toda especial com a Sua serva, fazendo-lhe Seu porta-voz, pois, em sendo Débora profetisa, não havia segredos entre ela e Deus (Am.3:7).

6. - O fato de Débora ser chamada no texto de “mulher profetisa” e, logo a seguir, ser dito que era “mulher de Lapidote”, também nos revela algo muito importante: o fato de Débora ser uma profetisa, ter sido elevada a juíza de Israel, não alterou a sua posição na sociedade. Débora alçara uma posição que jamais uma mulher havia obtido e que jamais viria a obter novamente na história de Israel daquele período.

7. - Débora não queria ir à batalha. Sabia que não tinha condição nem preparo para liderar uma guerra. Por isso, sabendo que esta era uma típica função masculina, guiada pelo Espírito de Deus, chamou a Baraque, que foi tão somente o comandante do exército de Israel e não juiz, como alguns israelitas “machistas” insistem em afirmar ao escreverem a história sagrada.

8. - A ascensão de Débora à posição de juíza em Israel está relacionada com a “frouxidão”, a “fraqueza”, a “vacilação” dos homens de seu tempo. O homem mais valoroso, que era Baraque, era “fraco”, estava “vacilante”, não demonstrava “firmeza”, mesmo tendo sido convocado pela profetisa, por alguém que tinha plena comunhão com Deus. Como não havia homens dispostos a ser firmes na Sua presença, Deus levantou uma mulher para este papel.

9. - A vitória de Baraque esteve vinculada à obediência com relação ao momento e ao local indicados pelo Senhor para a batalha. Baraque somente desceu do monte Tabor com seus homens quando Débora lhe disse que era aquele o dia em que o Senhor havia determinado a vitória sobre o inimigo (Jz.4:14

TODOS: DÉBORA – A “ABELHA” MÃE EM ISRAEL

10. Neste ponto, aliás, vemos que o nome de Débora, ou seja, “abelha”, tem muito a nos ensinar sobre a personalidade desta mulher, sobre o que a Bíblia pouco fala. Como se sabe, a abelha é uma das criaturas mais impressionantes sobre a face da Terra, cuja organização social é uma lição que devemos aprender sempre.

11. Débora não poderia ter se mantido calada a maior parte do tempo, falando apenas àqueles que se dirigiam à região das palmeiras. Era necessário que também tivesse descido aos montes e anunciado, ao longo do caminho, bem como no lugar de distribuição de água, a respeito das justiças do Senhor, justiças que eram referentes a todas as aldeias de Israel, não apenas aos bons solos entre Ramá e Betel. Não nos calemos, mas, antes, preguemos o Evangelho a tempo e fora de tempo (II Tm.4:2), ainda mais quando sentimos que já se aproxima o fim.

TODOS- Não é por outro motivo que, em seu cântico, Débora apresenta uma conclamação do Senhor a todos quantos se assentavam em juízo: “Onde se ouve o estrondo dos flecheiros, entre os lugares onde se tiram águas, ali falai das justiças do Senhor, das justiças que fez às Suas aldeias em Israel; então, o povo do Senhor descia às portas”(Jz.5:11).

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